Vacinas para crianças: particular ou pública?

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São várias as vacinas da infância, sendo o calendário vacinal do SUS (programa nacional de imunização-PNI) bem completo, porém existem vacinas que estão disponíveis apenas na rede privada/particular.

Existe diferença entre as vacinas do público e da rede particular?

O Programa Nacional de Imunizações (PNI), foi criado em 1973 (48 anos). O primeiro calendário de vacinação, estabelecido em 1977, incluía a BCG (contra a formas graves de tuberculose), a poliomielite oral (VOP), a tríplice bacteriana (DTP), que previne a difteria, tétano e coqueluche, e a vacina contra o sarampo.

Graças ao programa foi possível eliminar a poliomielite, a rubéola, a síndrome da rubéola congênita, o tétano materno e neonatal; eliminar temporariamente o sarampo; e reduzir significativamente a incidência de importantes causas de adoecimento e mortalidade, como a difteria, as meningites bacterianas, a coqueluche, entre outras.

São muitas as vacinas da infância e na maioria das vezes os famílias não sabem a diferença das vacinas disponível pelo sistema único de saúde (SUS) e na rede particular (recomendações da sociedade brasileira de pediatria).

Qual a importância das vacinas da infância?

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As vacinas da infância protegem o seu filho e a população, pois evita que doenças imunopreviníveis se espalhem. Por isso é tão importante se vacinar e garantir a segurança em saúde para todos.

Muitas doenças comuns no Brasil e no mundo deixaram de ser um problema de saúde pública por causa da vacinação massiva da população. Poliomielite, sarampo, rubéola, tétano e coqueluche são só alguns exemplos de doenças comuns no passado e que as novas gerações só ouvem falar em histórias.

As vacinas da infância são seguras?

Eventuais reações, como febre e dor local, podem ocorrer após a aplicação de uma vacina, mas os benefícios das vacinas da infância são muito maiores que os riscos dessas reações temporárias.

 É importante saber também que toda vacina licenciada para uso passou antes por diversas fases de avaliação, desde os processos iniciais de desenvolvimento até a produção e a fase final que é a aplicação, garantindo assim sua segurança. Além disso, elas são avaliadas e aprovadas por institutos reguladores muito rígidos e independentes.

 No Brasil, essa função cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão vinculado ao Ministério da Saúde. O acompanhamento de eventos adversos continua acontecendo depois que a vacina é licenciada, o que permite a continuidade de monitoramento da segurança do produto.

Uso de medicamento para febre antes das vacinas da infância

Em estudos realizados, observou-se que as crianças que receberam paracetamol profilático apresentaram uma redução nos títulos de anticorpos das vacinas administradas. É importante salientar que não há necessidade de revacinação, pois os títulos – embora sejam menores em comparação ao grupo de crianças que não receberam antitérmico profilático – estavam em níveis protetores.

Considerando-se essa situação, recomenda-se a sua utilização apenas para as crianças com história pessoal e familiar de convulsão e para aquelas que tenham apresentado febre maior do que 39,5ºC ou choro incontrolável após dose anterior de vacina tríplice bacteriana (penta ou DTP ou DTPa). Nessas situações, indica-se antitérmico/analgésico no momento da vacinação e com intervalos regulares nas 24 horas até as 48 horas subsequentes. Febre acima de 38,5ºC, após a administração de uma vacina, não constitui contraindicação à dose subsequente. Quando ocorrer febre, administre antitérmico de acordo com a prescrição médica.

Contraindicações das vacinas da infância

Contraindicações das vacinas bacterianas e virais atenuadas:

  • Pessoas com imunodeficiência congênita ou adquirida;
  • Portadores de neoplasia maligna, em tratamento com corticosteroides em dose imunossupressora e em outras terapêuticas imunodepressoras (quimioterapia, radioterapia etc.);
  • Gestantes, exceto em situações de alto risco de exposição a algumas doenças virais preveníveis por vacinas, como, por exemplo, a febre amarela.

Para todo imunobiológico, consideram-se como contraindicações:

  • Hipersensibilidade (reação anafilática) confirmada após o recebimento de dose anterior;

Contraindicações em situações especiais:

São situações que devem ser avaliadas em suas particularidades para a indicação ou não da vacinação:

  • Pessoas que fazem uso de terapia com corticosteroides em dose imunossupressora devem ser vacinados com intervalo de, pelo menos, três meses após a suspensão da droga. É considerada imunossupressora a dose superior a 2 mg/kg/dia de prednisona ou equivalente para crianças e acima de 20 mg/kg/dia para adultos por tempo superior a 14 dias.

Doses inferiores às citadas, mesmo por período prolongado, não constituem contraindicação de nenhuma das vacinas da infância.

O uso de corticoides por via inalatória ou tópicos ou em esquemas de altas doses em curta duração (menor do que 14 dias) não constitui contraindicação de vacinas da infância. 

  • Usuários infectados pelo HIV precisam de proteção especial contra as doenças imunopreveníveis, mas é necessário avaliar cada caso, considerando-se que há grande heterogeneidade de situações, desde o soropositivo (portador assintomático) até o imunodeprimido, com a doença instalada.

Crianças filhas de mãe com HIV positivo, menores de 18 meses de idade, mas que não apresentam alterações imunológicas e não registram sinais ou sintomas clínicos indicativos de imunodeficiência, podem receber todas as vacinas da infância o mais precocemente possível.

Situações para o adiamento da administração de um imunobiológico:

• Usuário de dose imunossupressora de corticoide – vacine 90 dias após a suspensão ou o término do tratamento.

• Usuário que necessita receber imunoglobulina, sangue ou hemoderivados – não vacine com vacinas de agentes vivos atenuados nas quatro semanas que antecedem e até 90 dias após o uso daqueles produtos.

• Usuário que apresenta doença febril grave – não vacine até a resolução do quadro, para que os sinais e sintomas da doença não sejam atribuídos ou confundidos com possíveis eventos adversos relacionados à vacina.

Falsas contraindicações das vacinas da infância

São exemplos de situações que caracterizam a ocorrência de falsas contraindicações:

  • Doença aguda benigna sem febre – quando a criança não apresenta histórico de doença grave ou infecção simples das vias respiratórias superiores.
  • Prematuridade ou baixo peso ao nascer – as vacinas devem ser administradas na idade cronológica recomendada, com exceção para a vacina BCG, que deve ser administrada nas crianças com peso ≥ 2 kg;
  • Ocorrência de evento adverso em dose anterior de uma vacina, a exemplo da reação local (dor, vermelhidão ou inflamação no lugar da injeção);
  • Diagnósticos clínicos prévios de doença, tais como tuberculose, coqueluche, tétano, difteria, poliomielite, sarampo, caxumba e rubéola;
  • Doença neurológica estável ou pregressa com sequela presente;
  • Antecedente familiar de convulsão ou morte súbita;
  • Alergias, exceto as alergias graves a algum componente de determinada vacina (anafilaxia comprovada);
  • História de alergia não específica, individual ou familiar;
  • História familiar de evento adverso à vacinação (exemplo: convulsão);
  • Uso de antibiótico, profilático ou terapêutico e antiviral;
  • Tratamento com corticosteroides em dias alternados em dose não imunossupressora;
  • Uso de corticosteroides inalatórios ou tópicos ou com dose de manutenção fisiológica;
  • Quando o usuário é contato domiciliar de gestante, uma vez que os vacinados não transmitem os vírus vacinais do sarampo, da caxumba ou da rubéola;
  • Convalescença de doenças agudas;
  • Usuários em profilaxia pós-exposição e na reexposição com a vacina raiva (inativada);
  • Internação hospitalar;
  • Mulheres no período de amamentação (considere as situações de adiamento para a vacina febre amarela).

Vacinação simultânea

A vacinação simultânea consiste na administração de duas ou mais vacinas no mesmo momento em diferentes regiões anatômicas e vias de administração. De um modo geral, as vacinas da infância podem ser administradas simultaneamente sem que ocorra interferência na resposta imunológica, exceto as vacinas febre amarela, tríplice viral, contra varicela e tetra viral, que devem ser administradas com intervalo de 30 dias.

Vacina da BCG (tuberculose)

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A vacina da BCG é indicada para prevenir as formas graves da tuberculose (miliar e meníngea). Classificada como vacina de agente vivo atenuado.

Contraindicação da BCG

  • As mencionadas nas contraindicações gerais acima;
  • A administração da vacina BCG deve ser adiada quando a criança apresentar peso inferior a 2 kg, devido à escassez do tecido cutâneo (panículo adiposo), e quando apresentar lesões graves de pele.

Via de administração da BCG

A vacina é administrada por via intradérmica na região do músculo deltoide do braço direito. O uso do braço direito tem por finalidade facilitar a identificação da cicatriz em avaliações da atividade de vacinação. A vacina pode ser administrada simultaneamente com as demais vacinas dos calendários de vacinação.

Evolução da lesão vacinal

• Imediatamente após a injeção da vacina BCG aparece no local uma pápula de aspecto esbranquiçado e poroso (tipo casca de laranja), com bordas bem nítidas e delimitadas. A compressão mecânica não deve ser realizada no local da vacinação.

• A pápula formada desaparece posteriormente;

• Após 3 a 4 semanas, surge um nódulo (caroço) no local;

• Entre 4-5 semanas, o nódulo evolui para uma pústula (ferida com pus);

• Evolui para uma úlcera (ferida aberta) de 4 a 10 mm de diâmetro;

• Entre 6-12 semanas, finalmente, forma-se uma crosta (ferida com casca em processo de cicatrização).

BCG
Não se recomenda mais a revacinação de crianças que não apresentem cicatriz no local da aplicação após 6 meses.

Cuidados com a lesão

  • Não cubra a úlcera que resulta da evolução normal da lesão vacinal;
  • Não faça uso de compressas;
  • O local deve ser sempre limpo;
  • Não é necessário colocar qualquer medicamento nem realizar curativo.

Contato intradomiciliar com hanseníase

No caso de contato intradomiciliar de paciente com diagnóstico de hanseníase que não apresenta sinais e sintomas, independentemente de ser paucibacilar (PB) ou multibacilar (MB), o esquema de vacinação deve considerar a história vacinal do contato da seguinte forma:

• Contatos intradomiciliares com menos de 1 ano de idade comprovadamente vacinados não necessitam da administração de outra dose de BCG.

• Para contatos intradomiciliares com mais de 1 ano de idade, adote o seguinte esquema:

1- Contato domiciliar sem cicatriz vacinal ou na incerteza da existência de cicatriz vacinal: administre uma dose de BCG;

2- Contato domiciliar comprovadamente vacinado com a primeira dose: administre outra dose de BCG (mantenha o intervalo mínimo de seis meses entre as doses);

3- Contato domiciliar com duas doses/cicatrizes: não administre nenhuma dose adicional.

Recém-nascido contactante de individuo baciliferos (mãe ou outro contactante com tuberculose ativa)

• Deverão ser vacinados somente após o tratamento da infecção latente da tuberculose ou a quimioprofilaxia

Esquema vacinal disponível pelo sistema público (ministério da saúde)

O programa nacional de imunização oferece dose única o mais precocemente possível.

Podemos atrasar a sua administração caso a família decida fazer o teste do pezinho com pesquisa de algumas imunodeficiências graves (SCID e AGAMA/ KREC E TREC).

Na rotina, a vacina pode ser administrada em crianças até 4 anos, 11 meses e 29 dias.

Esquema vacinal disponível no particular

A sociedade brasileira de pediatria segue a mesma recomendação do ministério da saúde.

Não existe diferença entre a vacina BCG do público e particular.

Vacina contra hepatite B

HEPATITE B
Vacina que protege contra o vírus da hepatite B. Classificada como vacina de vírus inativado ou morto.

Contraindicação da hepatite B

  • As mencionadas nas contraindicações gerais no início do texto;

A vacina hepatite B (recombinante) pode ser administrada simultaneamente com outras vacinas, independentemente de qualquer intervalo.

Via de administração da hepatite B

Administrada por via intramuscular.

 • Em menores de 2 anos de idade, no músculo vasto lateral da coxa e nos maiores de 2 anos no músculo deltoide (braço).

• Deve ser evitada administração na região glútea em razão da maior quantidade de tecido adiposo, situação em que a vacina não é inoculada no interior do músculo.

Esquema vacinal disponível pelo sistema público (ministério da saúde)

Pelo programa nacional de imunização a primeira dose da vacina Hepatite B deve ser aplicada idealmente nas primeiras 12 horas de vida, porém podemos individualizar de acordo com as sorologias materna durante a gestação e administrar até 30 dias de vida.

Em recém-nascidos de mães portadoras da hepatite B, administre a vacina e a imunoglobulina humana anti-hepatite B preferencialmente nas primeiras 12 horas, no membro inferior contralateral da vacina. Podendo a imunoglobulina ser administrada no máximo até 7 dias de vida.  

segunda e terceira dose é administrada aos dois e aos seis meses com a vacina pentavalente pelo SUS e com a hexavalente pelo particular.

Desde 2012, no Programa Nacional de Imunizações (PNI), a vacina combinada DTP/Hib/ HB (denominada pelo Ministério da saúde de pentavalente) foi incorporada no calendário aos 2, 4 e 6 meses de vida. Dessa forma, os lactentes que fazem uso desta vacina recebem quatro doses da vacina Hepatite B.

Crianças maiores de 6 meses, adolescentes e adultos não vacinados devem receber 3 doses da vacina no esquema 0, 1 e 6 meses.

Em caso de esquema vacinal incompleto, não reinicie o esquema, apenas o complete de acordo com a situação encontrada.

Hepatite B paras prematuros

Crianças com peso de nascimento igual ou inferior a 2 Kg ou idade gestacional < 33 semanas devem receber, obrigatoriamente, além da dose de vacina ao nascer, mais três doses da vacina (total de 4 doses: 0, 2, 4 e 6 meses).

Esquema vacinal disponível no particular

A sociedade brasileira de pediatria segue a mesma recomendação do ministério da saúde na quantidade de doses e na mesma idade, porém na rede particular recebem com outras vacinas.

Crianças vacinados em clínicas privadas, podem manter o esquema de três doses, primeira ao nascimento (hepatite B) e segunda e terceira dose aos 2 e 6 meses de idade com a vacina hexavalente (difteria, tétanos, pertusis acelular, poliomitelite inativada, haemophilos influenzae tipo B, hepatite B), e na vacina do quarto mês receberia a vacina pentavalente do particular que não tem a dose da hepatite B (difteria, pertusis acelular, tétanos, haemophilos influenzae tipo B e poliomielite inativada).

Não existe diferença da primeira dose entre a vacina da hepatite B do público e particular. A segunda e a terceira dose é diferente, pois a vacina é administrada com a hexavalente. E recebem apenas as 3 doses mínimas recomendada.

A criança pode receber a primeira dose da hepatite B pelo SUS e as seguintes pelo SUS ou particular conforme decisão da família.

Pentavalente: difteria, tétano, pertussis (células inteiras), hepatite B (recombinante) e haemophilus influenzae B

VACINA
A vacina protege contra a difteria, o tétano, a coqueluche, a hepatite B e as infecções causadas pelo Haemophilus influenzae B. Classificada como vacina de agente inativado ou morto.

Contraindicação da pentavalente

  • Quadro neurológico em atividade;
  • Convulsão nas primeiras 72 horas após a administração da vacina;
  • Episódio hipotônico-hiporresponsivo nas primeiras 48 horas após a administração da vacina;
  • Encefalopatia aguda grave depois de sete dias após a administração de dose anterior da vacina;
  • História de choque anafilático após administração de dose anterior da vacina;
  • Acima de 7 anos de idade.

Nestas situações, encaminhe a criança ao Centro de referência para imunobiológicos especiais (CRIE).

Via de administração da pentavalente

A vacina é administrada por via intramuscular profunda.

• Administre a vacina em crianças menores de 2 anos no músculo vasto lateral da coxa e, nos maiores de dois anos, no deltoide.

• Deve ser evitada administração na região glútea, em razão da maior quantidade de tecido adiposo, situação em que a vacina não é inoculada no interior do músculo.

Esquema vacinal disponível pelo sistema público (ministério da saúde)

O esquema do programa nacional de imunização corresponde a três doses, administradas aos 2, aos 4 e aos 6 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses. São necessárias doses de reforço com a vacina difteria, tétano e pertussis (DTP), que devem ser administradas aos 15 meses e aos 4 anos de idade.

A idade máxima para se administrar as vacinas com o componente pertussis de células inteiras é 6 anos, 11 meses e 29 dias.

Esquema vacinal disponível no particular

Na rede particular está disponível a vacina HEXAVALENTE (difteria, pertusis acelular, tétanos, hepatite B, haemóphilos influenza tipo B e poliomielite inativada).

Diferente da vacina disponível do SUS, porque tem uma sexta vacina que é a poliomielite inativada que no SUS toma de forma separada. E o componente pertusis é acelular podendo causar menos efeitos colaterais que a vacina de células inteiras.

A pentavalente do particular está composta de: difteria, pertusis acelular, tétanos, haemophilos influenzae tipo B e poliomielite inativada. Geralmente usada aos 4 meses em recém-nascidos a termo quando não precisamos de uma dose extra da hepatite B.

DTP/DTPa – Difteria, tétano e pertussis (tríplice bacteriana) de células inteiras e acelular

Vacina
A vacina protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche. Classificada como vacina de agentes inativado ou morto

É indicada para a vacinação de crianças menores de 7 anos de idade como dose de reforço do esquema básico da vacina pentavalente ou hexavalente.

A vacina DTPa (acelular), quando possível, deve substituir a DTP (células inteiras), pois tem eficácia similar e é menos reatogênica.

Contraindicação da tríplice bacteriana

  • Está contraindicada nas situações gerais referidas anteriormente;
  • Quadro neurológico em atividade 
  • Convulsões até 72 horas após a administração da vacina;
  • Colapso circulatório, com estado de choque ou com episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH), até 48 horas após a administração da vacina;
  • Encefalopatia nos primeiros sete dias após a administração da vacina;
  • Acima de 7 anos de idade.

Quando a vacina for contraindicada, devido à ocorrência de convulsões ou colapso circulatório, administre a vacina difteria, tétano e pertussis (acelular) conforme orientação dada no manual do CRIE.

Em casos de encefalopatia, está contraindicada qualquer dose subsequente com vacinas com componente pertussis, sendo indicada, nestes casos, a vacina difteria e tétano infantil (dupla infantil).

Via de administração da tríplice bacteriana

A vacina é administrada por via intramuscular profunda.

• Administre a vacina em crianças menores de 2 anos no músculo vasto lateral da coxa e, nos maiores de 2 anos, no deltoide.

• Deve ser evitada administração na região glútea em razão da maior quantidade de tecido adiposo, situação em que a vacina não é inoculada no interior do músculo.

Esquema vacinal disponível pelo sistema público (ministério da saúde)

A vacina DTP é indicada para os reforços do esquema básico de vacinação com os componentes diftérico, tetânico e pertussis. O esquema é de 5 doses, aos 2, 4 e 6 meses (recebe através da pentavalente pelo SUS ou hexavalente ou pentavalente do particular).

O primeiro reforço através da DTP deve ser administrado aos 15 meses e, o segundo, entre 4-6 anos de idade.

Ao indicar a vacina DTP, considere as doses administradas anteriormente e não reinicie o esquema.

• Se o esquema básico não for iniciado ou completado até a idade de 6 anos, 11 meses e 29 dias, as doses necessárias serão administradas com a vacina difteria e tétano adulto (dT), pois a idade máxima para administrar as vacinas com o componente pertussis de células inteiras é 6 anos, 11 meses e 29 dias.

• Em crianças entre 4 e 6 anos, 11 meses e 29 dias de idade sem reforço, administre apenas um reforço.

• Nos comunicantes domiciliares e escolares de casos de difteria ou coqueluche menores de 7 anos de idade não vacinados, com esquema incompleto ou com situação vacinal desconhecida, atualize o esquema.

No caso de ferimentos suspeitos, considere as orientações relativas à profilaxia do tétano.

Esquema vacinal disponível no particular

No particular as crianças recebem a DTPa nas mesmas idades. Com 15 meses através da vacina pentavalente acelular do particular (difteria, tétanos, pertusis acelular, poliomielite inativada e haemophilos influenzae). Esquema preferido, pois pode causar menos efeitos colaterais.

As crianças que receberam esquema vacinal com o componente pertusis acelular precisa de uma dose extra de hamophilos influenzae, portanto recebe junto com a DTPa (pentavalente acelular do particular), assim evitando vacinas separadas.

No público recebem a DTP + poliomielite oral e não está indicado uma quarta dose do haemophilus influenzae. No particular todas as doses da vacina oral da poliomielite foram trocadas por poliomielite inativada (injetável). Entre 4-6 anos no particular as crianças recebem a vacina DTPa + poliomielite inativada (injetável).

Vacina dT/dTpa adulto

Adolescentes com esquema de DTP ou DTPa completo devem receber um reforço com dT ou dTpa, preferencialmente com a formulação tríplice acelular, aos 14 anos de idade.

Crianças com 7 anos ou mais, nunca imunizadas ou com histórico vacinal desconhecido, devem receber três doses da vacina contendo o componente tetânico, sendo uma delas preferencialmente com a vacina tríplice acelular com intervalo de dois meses entre elas (0, 2 e 4 meses – intervalo mínimo de quatro semanas).

Gestantes devem receber, a cada gravidez, uma dose da vacina dTpa a partir da vigésima semana de gestação, com o objetivo de transferir anticorpos protetores contra a coqueluche para o recém- -nascido. Aquelas que perderam a oportunidade de serem vacinadas durante a gestação, deverão receber uma dose de dTpa no puerpério, o mais precocemente possível.

Esquema vacinal disponível no particular

A sociedade brasileira de pediatria segue a mesma recomendação do ministério da saúde.

Geralmente recebem todos os reforços através da vacina dTpa adulto.

Hib (haemophilus influenzae tipo B)

A vacina pentavalente do programa nacional de imunização é uma vacina combinada contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae tipo B (conjugada). A vacina é recomendada em três doses, aos 2, 4 e 6 meses de idade.

Quando utilizada pelo menos uma dose de vacina combinada com componente pertussis acelular, disponíveis em clínicas privadas e nos CRIE, uma quarta dose da Hib deve ser aplicada aos 15 meses de vida. Essa quarta dose contribui para diminuir o risco de ressurgimento das doenças invasivas causadas pelo Hib em longo prazo.

Esquema vacinal disponível no particular

No particular recebe a pentavalente acelular (difteria, pertusis acelular, haemophilus influenzae tipo B e poliomielite inativada) como dose de reforço. Não recebe a haemophilus influenzae sozinha em nenhuma dose.

Vacina poliomielite 1, 2 e 3 (inativada-VIP)  e VOP (poliomielite oral)

A vacina é indicada para prevenir contra a poliomielite causada por vírus dos tipos 1, 2 e 3.

O programa nacional de imunização recomenda a vacinação de crianças a partir de 2 meses até menores de 5 anos de idade, como doses do esquema básico.

As três primeiras doses, aos 2, 4 e 6 meses, devem ser feitas obrigatoriamente com a vacina póliomielite inativada (VIP). A recomendação para as doses subsequentes é que sejam feitas preferencialmente também com a vacina inativada (VIP).

O esquema atual recomendado pelo programa nacional de imunização que oferece três doses iniciais de VIP (2, 4 e 6 meses de idade) seguidas de duas doses de VOP (15 meses e 4 anos de idade).

Desde 2016 a vacina VOP é bivalente, contendo os tipos 1 e 3 do poliovírus, podendo ser utilizada nas doses de reforço ou nas campanhas nacionais de vacinação.

Contraindicações da poliomielite

  • VOP para crianças imunocomprometidas e para seus contatos domiciliares. Nestas circunstâncias utilizar a VIP.
  • Reação anafilática após o recebimento de qualquer dose da vacina ou aos seus componentes.

A vacina pode ser administrada simultaneamente com as demais vacinas dos calendários de vacinação do ministério da saúde.

Via de administração da poliomielite

A vacina é administrada por via intramuscular.

 • Administre a vacina em crianças menores de 2 anos no músculo vasto lateral da coxa e, nos maiores de 2 anos, no deltoide, considerando sua massa muscular.

Esquema vacinal disponível no particular

No particular não recebe a vacina via oral. Recebe todas as doses com a VIP inativada.

As primeiras 4 doses recebem junto com a hexavalente ou pentavalente acelular e a dose entre 4-6 anos recebe a poliomielite inativada isolada.

Pneumocócica conjugada 10 e 13 valente 

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Vacina pneumococo 10 valente (disponível no SUS) que protege contra 10 sorotipos do pneumococo e pneumococo 13 valente (disponível no particular) que protege contra 13 sorotipos. Em alguns casos as crianças podem receber a 13 valente pelo SUS.

Indicações da pneumocócica

É indicada para prevenir contra infecções invasivas (sepse, meningite, pneumonia e bacteremia) e otite média aguda causadas pelos 10-13sorotipos de Streptococus pneumoniae, contidos na vacina, em crianças menores de 2 anos de idade.

Contraindicações da pneumocócica

Nas situações gerais referidas no início do texto.

Via de administração da pneumocócica

A vacina é administrada por via intramuscular profunda

• Administre a vacina em crianças menores de 2 anos no músculo vasto lateral da coxa e, nos maiores de 2 anos, no deltoide.

• Deve ser evitada administração na região glútea em razão da maior quantidade de tecido adiposo, situação em que a vacina não é inoculada no interior do músculo.

Esquema vacinal disponível pelo sistema público (ministério da saúde)

O PNI utiliza a vacina pneumocócica conjugada 10-valente no esquema de duas doses, administradas aos 2 e 4 meses, seguidas de um reforço aos 12 meses, podendo ser aplicada até os 4 anos e 11 meses de idade.

Para crianças com risco aumentado de desenvolver doença pneumocócica invasiva existem recomendações específicas de vacinação, e em alguns casos podemos encaminhar as crianças para receber a 13 valente pelo SUS.

Crianças saudáveis com esquema completo com a vacina 10-valente podem receber dose(s) adicional(is) da vacina 13-valente, até os cinco anos de idade, com o intuito de ampliar a proteção para os sorotipos adicionais, respeitando-se a recomendação de bula para cada idade.

Esquema vacinal disponível no particular

Recebem a vacina pneumococo 13 valente que protege contra 13 sorotipos.

A Sociedade brasileira de pediatria recomenda, sempre que possível, o uso da vacina conjugada 13-valente, pelo seu maior espectro de proteção, no esquema de três doses no primeiro ano (2, 4, e 6 meses) e uma dose de reforço entre 12 e 15 meses de vida. Administre o reforço com intervalo mínimo de 60 dias após a última dose em crianças que iniciam o esquema básico após 6 meses de idade.

Em crianças entre 12 e 23 meses de idade sem comprovação vacinal ou com esquema incompleto, administre uma única dose. Pode ser administrada simultaneamente (ou com qualquer intervalo) com outras vacinas do calendário nacional de vacinação.

Vacina pneumocócica 23-valente  

Os 23 tipos capsulares de pneumococos incluídos na vacina são: 1, 2, 3, 4, 5, 6B, 7F, 8, 9N, 9V, 10A, 11A, 12F, 14, 15B, 17F, 18C, 19A, 19F, 20, 22F, 23F, 33F.

Vacina indicada para a proteção contra infecções invasivas pelo pneumococo na população indígena e maiores de 60 anos não vacinados que vivem acamados e/ou em instituições fechadas (como casas geriátricas, hospitais, unidades de acolhimento/asilos e casas de repouso).

Esta vacina também está indicada para pessoas com condições clínicas especiais nos CRIE.

Contraindicações da pneumocócica 23 valente

Está contraindicada nas situações gerais referidas no início deste texto e para crianças menores de 2 anos de idade.

Esquema vacinal disponível pelo sistema público (ministério da saúde)

Recebem uma dose durante a campanha nacional de vacinação contra a Influenza nos maiores de 60 anos não vacinados que vivem acamados e/ou em instituições fechadas (como casas geriátricas, hospitais, unidades de acolhimento/asilos e casas de repouso).

Administre, por uma única vez, uma dose adicional 5 anos após a dose inicial. Para os povos indígenas, administre uma dose a partir de 2 anos de idade sem comprovação vacinal de vacinas pneumocócicas conjugadas. A partir dos 60 anos de idade, administre uma única dose adicional, respeitando o intervalo mínimo de 5 anos da dose inicial.

Via de administração

A via de administração recomendada é a intramuscular, podendo eventualmente ser feita por via subcutânea.

Esquema vacinal disponível no particular

Não existe diferença entre a vacina do público e particular, porém pode receber qualquer criança acima de 2 anos com alguma indicação médica.

Vacinas meningocócica C/ACWY e meningocócica B

Existem 3 vacinas que protege contra a meningite. A vacina meningocócica tipo C protege apenas contra o sorotipo C e a ACWY que protege contra os sorotipos ACWY e a meningocócica tipo B que protege contra o sorotipo B.

Sempre que possível utilizar preferencialmente a vacina MenACWY pelo maior espectro de proteção, inclusive para os reforços de crianças previamente vacinadas com MenC.

Crianças com esquema vacinal completo com a vacina MenC podem se beneficiar com dose(s) adicional(is) da vacina MenACWY a qualquer momento, respeitando-se um intervalo mínimo de 1 mês entre as doses.

Esquema vacinal disponível pelo sistema público (ministério da saúde)

O programa nacional de imunização utiliza a vacina MenC no esquema de duas doses aos 3 e 5 meses, com reforço aos 15 meses, além de uma dose da vacina MenACWY para adolescentes de 11 e 12 anos.

Esquema vacinal disponível no particular

A sociedade brasileira de pediatria orienta as vacinas meningoco ACWY e B.

Recebe a ACWY aos 2 e 5 meses e reforço com 12 meses, entre 4-6 anos e entre 11-12 anos e com 16 anos.

Não recebe a vacina da meningite C isolada.

Recebe a vacina meningocócica B com 3 e 5 meses e reforço com 12 meses.

Aqueles que iniciam a vacinação entre 12 e 23 meses devem também receber o esquema de duas doses, com dois meses de intervalo entre elas, além de uma dose de reforço.

Finalmente, para crianças que iniciam a vacinação após os dois anos, são indicadas duas doses com intervalo de 2 meses entre elas.

Não se conhece, até o momento, a duração da proteção conferida pela vacina e a eventual necessidade de doses adicionais de reforço. Para adolescentes não vacinados previamente estão recomendadas duas doses com intervalo de um a dois meses.

Para os adolescentes de 16-18 anos, nunca antes vacinados com vacina MenACWY, administrar somente uma dose da vacina.

Via de administração

A vacina é administrada exclusivamente por via intramuscular.

Vacina rotavírus

vacina
É indicada para a prevenção de gastroenterites causadas por rotavírus. Sendo 1 sorotipo para a vacina monovalente e 5 sorotipos com a vacina pentavalente. Embora seja monovalente, a vacina oferece proteção cruzada contra outros sorotipos de rotavírus que não sejam G1 (G2, G3, G4, G9).

Contraindicação da rotavírus

  • Está contraindicada nas situações gerais referidas anteriormente;
  • Administração fora da faixa etária preconizada;
  • Imunodepressão severa;
  • Na vigência do uso de corticosteroides em doses imunossupressoras ou quimioterápicos;
  • Histórico de invaginação intestinal ou com malformação congênita não corrigida do trato gastrointestinal.

Via de administração da rotavírus

A vacina é administrada exclusivamente por via oral.

O intervalo entre as doses deve ser de 2 meses, podendo ser de, no mínimo, quatro semanas.

Iniciada a vacinação, recomenda-se completar o esquema com a vacina do mesmo laboratório produtor.

Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a vacinação ou se a vacina for administrada fora das faixas etárias preconizadas, não repita a dose. Nestes casos, considere a dose válida.

Esquema vacinal disponível pelo sistema público (ministério da saúde)

O programa nacional de imunização disponibiliza:

  1. A vacina monovalente, indicada em duas doses, seguindo os limites de faixa etária:

                         Primeira dose aos 2 meses (limites de 1 mês e 15 dias até, no máximo, 3 meses e 15 dias)

                         Segunda dose aos 4 meses (limites de 3 meses e 15 dias até no máximo 7 meses e 29 dias).

Esquema vacinal disponível no particular

A sociedade brasileira de pediatria faz a seguinte orientação:  

A vacina rotavirus pentavalente, disponível somente na rede privada, é recomendada em três doses, aos 2, 4 e 6 meses.                                                     

Primeira dose deverá ser administrada no máximo até 3 meses e 15 dias                                                                            Terceira dose deverá ser administrada até 7 meses e 29 dias.

Vacina influenza

gripado
É indicada para proteger contra o vírus da influenza e contra as complicações da doença, principalmente as pneumonias bacterianas secundárias. Classificada com vacinas de vírus morto.

Contraindicação da vacina influenza

  • Nas situações gerais referidas anteriormente;
  • Menores de 6 meses de idade;
  • Para indivíduos que, após o recebimento de qualquer dose anterior, apresentaram hipersensibilidade imediata (reação anafilática);
  • Em caso de ocorrência da síndrome de Guillian-Barré (SGB) no período de até 6 semanas após a dose anterior, recomenda-se realizar avaliação médica criteriosa sobre o benefício e o risco da vacinação.

Precaução: em indivíduos com história de reação anafilática prévia ou alergia grave relacionada ao ovo de galinha e aos seus derivados, a vacinação deve ser feita em ambiente hospitalar, após avaliação médica.

Via de administração da vacina influenza

A vacina é administrada por via intramuscular.

Esquema vacinal disponível pelo sistema público (ministério da saúde)

O programa nacional de imunização oferece a vacina trivalente com 6 e 7 meses e depois anual até os 5 anos e população de risco.

Esquema vacinal disponível no particular

A sociedade brasileira de pediatria orienta a vacina quadrivalente. Contempla uma segunda variante da cepa B.

Está indicada para todas as crianças e adolescentes a partir dos 6 meses de idade. A primeira vacinação de crianças com idade inferior a 9 anos deve ser feita com duas doses, com intervalo de 1 mês entre elas.

A vacina deve ser feita anualmente e, como a influenza é uma doença sazonal, a vacina deve ser aplicada idealmente antes do período de maior circulação do vírus. Sempre que possível utilizar preferencialmente vacinas quadrivalentes, pelo maior espectro de proteção.

Na ocasião da vacinação, as crianças de 6 meses a menores de 9 anos que receberam uma ou duas doses da vacina influenza sazonal no ano anterior deve receber apenas uma dose.

Sarampo, caxumba, rubéola e varicela (tetraviral) e sarampo, rubéola, caxumba (tríplice viral) e varicela isolada (catapora)

A vacina protege contra o sarampo, a caxumba, rubéola e catapora. É indicada para vacinação a partir de 12 meses de idade.

Contraindicações

  • A vacina está contraindicada nas situações gerais referidas anteriormente;
  • Registro de anafilaxia após recebimento de dose anterior;
  • Usuários com imunodeficiência clínica ou laboratorial grave;
  • Gestação. A gestante não deve ser vacinada, para evitar a associação entre a vacinação e possíveis complicações da gestação, incluindo aborto espontâneo ou malformação congênita no recém-nascido por outras causas não associadas à vacina. Caso a gestante seja inadvertidamente vacinada, não está indicada a interrupção da gravidez. A gestante deve ser acompanhada durante o pré-natal e, após o parto, acompanha-se a criança.

Via de administração

A vacina é administrada por via subcutânea, de preferência, na região do deltoide, na face externa superior do braço, ou na face antero-lateral externa do antebraço.

Esquema vacinal disponível pelo sistema público (ministério da saúde)

O esquema básico da vacina é de duas doses nas seguintes situações:

Para indivíduos de 12 meses a 19 anos de idade: administre duas doses conforme a situação vacinal encontrada. A primeira dose (aos 12 meses de idade) deve ser com a vacina tríplice viral e a segunda dose (aos 15 meses de idade) deve ser com a vacina tetra viral, para as crianças que já tenham recebido a 1ª dose da vacina tríplice viral.

O programa nacional de imunização introduziu a segunda dose da vacina varicela aos 4 anos de idade em 2018. A vacina varicela pode ser indicada na profilaxia pós-exposição dentro de cinco dias após o contato, preferencialmente nas primeiras 72 horas.

Em situações de risco como, por exemplo, surtos ou exposição domiciliar ao sarampo, é possível vacinar crianças imunocompetentes de 6 a 12 meses com a vacina SCR (tríplice viral).

Em casos de surtos ou contato íntimo com caso de varicela, a vacina varicela pode ser utilizada a partir de 9 meses de vida. Nesses casos, doses aplicadas antes dos 12 meses de idade, não são consideradas válidas, e a aplicação de mais duas doses após a idade de um ano é necessária.

Adolescentes não vacinados deverão receber duas doses de ambas as vacinas, com intervalo mínimo de 4 semanas entre cada dose de SCR e de 3 meses entre as doses de varicela nos menores de 13 anos e de 1-2 meses nos maiores de 13 anos.

A idade máxima para o uso da vacina combinada tetraviral é de 12 anos.

Considere vacinada a pessoa que comprovar duas doses de vacina com componente de sarampo, caxumba e rubéola.

Para indivíduos de 20 a 49 anos de idade: administre uma dose conforme a situação vacinal encontrada.

Considere vacinada a pessoa que comprovar uma dose de vacina com componente de sarampo, caxumba e rubéola ou sarampo e rubéola.

Em situação de bloqueio vacinal em crianças menores de 12 meses, administre uma dose entre 6 meses e 11 meses de idade e mantenha o esquema vacinal.

Mulheres em idade fértil devem evitar a gravidez até um mês após a vacinação.

Não administre tal vacina simultaneamente com a vacina febre amarela (atenuada), estabelecendo o intervalo mínimo de 30 dias, salvo em situações especiais que impossibilitem manter o intervalo indicado.

Esquema vacinal disponível no particular

No particular recebe aos 12 e 15 meses a tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela) ou tríplice viral + varicela em 2 vacinas separadas.

A vacina tetraviral se mostrou associada a uma maior frequência de febre em lactentes que recebem a primeira dose com esta vacina quando comparada às vacinas varicela e tríplice viral em injeções separadas.

Vacina hepatite A

É indicada para a prevenção da infecção causada pelo vírus da hepatite A.

Contraindicações da vacina da hepatite A

Na presença de história de reação anafilática a algum dos componentes da vacina.

A vacina pode ser administrada simultaneamente com as demais vacinas dos calendários de vacinação do ministério da saúde.

Via de administração

A vacina é administrada por via intramuscular.

Administre a vacina em crianças menores de 2 anos no músculo vasto lateral da coxa e, nos maiores de 2 anos, no deltoide.

Esquema vacinal disponível pelo sistema público (ministério da saúde)

Pelo SUS as crianças recebem essa vacina em dose única aos 15 meses de idade.

Esquema vacinal disponível no particular

No particular recebe conforme orientação da Sociedade brasileira de pediatria uma dose aos 12 e outra aos 18 meses.

Adolescente não vacinados receberão 2 doses com intervalo de 6 meses.

Não existe diferença entre a vacina do público e particular. A diferença está apenas na quantidade de doses.

Vacina da febre amarela

Está indicada para prevenir contra a febre amarela em residentes ou viajantes que se deslocam para as áreas com recomendação de vacinação e países com risco para a doença, a partir dos 9 meses de idade. Para os viajantes com deslocamento para zonas de risco a vacina deve ser administrada com antecedência mínima de 10 dias da data da viagem.

Lactantes de bebês menores de 6 meses de idade, quando vacinadas, devem ser orientadas para a suspensão do aleitamento materno por 10 dias após a vacinação.

Deve ser evitada a aplicação da vacina febre amarela no mesmo dia que a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) ou tetraviral em crianças menores de dois anos, devido à possível interferência na resposta imune, sendo ideal guardar um intervalo de 30 dias entre a aplicação das duas vacinas.

Em caso de reação anafilática após a ingestão de ovo de galinha a vacinação deve ser feita em ambiente hospitalar após avaliação médica.

Em situação de emergência epidemiológica:

  • No caso de vacinação de crianças, a dose inicial deve ser antecipada para 6 meses de idade, e manter as doses seguintes conforme o calendário vacinal.

Contraindicações

  • Nas situações gerais referidas no início deste texto;
  • Para crianças menores de 6 meses de idade;
  • Imunodeprimido grave, independentemente do risco de exposição;
  • Portadores de doenças autoimunes.

Via de administração

  • A vacina é administrada por via subcutânea, de preferência, na região do deltoide, na face externa superior do braço.

Esquema vacinal disponível pelo sistema público (ministério da saúde)

O programa nacional de imunização oferece duas doses da vacina para crianças menores de 5 anos de idade, aos 9 meses e 4 anos.

Acima de 5 anos o esquema preconizado é de dose única, caso não tenha nenhuma dose.

Para viagens internacionais prevalecem as recomendações da organização mundial da saúde com comprovação de apenas uma dose.

Esquema vacinal disponível no particular

A sociedade brasileira de pediatria segue a mesma recomendação do ministério da saúde.

Não existe diferença entre a vacina do público e particular.

Vacina HPV

A vacina HPV disponível no Brasil contém os sorotipos 6, 11, 16 e 18 (HPV4), para prevenir contra câncer do colo do útero, vulvar, vaginal e anal, lesões pré-cancerosas ou displásicas, verrugas genitais e infecções causadas pelo papilomavírus humano (HPV).

Contraindicações

  • Nas situações gerais referidas no início deste texto;
  • Não há contraindicação específica para vacina em imunocomprometidos, incluindo doentes com HIV/aids;
  • Pessoas que desenvolvem sintomas indicativos de hipersensibilidade, depois que recebem uma dose da vacina, não devem receber outras doses.

Deve-se evitar a gravidez durante o esquema de vacinação com a vacina HPV.

A vacina HPV não está indicada para as gestantes; no entanto, em situação de vacinação inadvertida, não se recomenda a interrupção da gestação. A gestante deve ser acompanhada durante o pré-natal. O esquema deve ser completado após o parto.

Via de administração

Deve ser administrada exclusivamente por via intramuscular, preferencialmente na região deltoide, na parte superior do braço, ou na região anterolateral superior da coxa. A vacina HPV pode ser administrada simultaneamente com outras vacinas do PNI, utilizando-se agulhas, seringas e regiões anatômicas distintas.

Esquema vacinal disponível pelo sistema público (ministério da saúde)

  • Sexo feminino de 9 a 13 anos de idade, em duas doses com intervalo de 6 meses entre elas;
  • Sexo masculino entre 11-14 anos, em 2 doses com intervalo de 6 meses.
  • Adolescentes e adultos de 9-26 anos com HIV/aids recebem 3 doses (0, 2, 6 meses)

Esquema vacinal disponível no particular

A sociedade brasileira de pediatria recomenda 2 doses para meninas e meninos acima de 9 anos com intervalo de 6 meses.

Para maiores de 15 anos são 3 doses (0, 1 a 2 e 6 meses).

Vacina contra a dengue

Disponível apenas na rede particular.  A vacina dengue foi licenciada em nosso país no esquema de três doses (0, 6 e 12 meses) e está recomendada para crianças e adolescentes a partir de 9 anos até no máximo 45 anos de idade que já tiveram infecção prévia confirmada pelo vírus da dengue (soropositivos). Está contraindicada para gestantes, mulheres que amamentam e portadores de imunodeficiências. A vacina não deve ser administrada simultaneamente com outras vacinas do calendário.

FONTE:

Calendário de Vacinação da SBP 2021: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/23107b-DocCient-Calendario_Vacinacao_2021.pdf

Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação 2014 (ministério da saúde): https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_procedimentos_vacinacao.pdf

Ver também:

Sono das crianças: como ajudar?

Amamentação: 8 possíveis complicações

O que o pneumologista pediátrico faz?

Edilene Oliveira - Doctoralia.com.br
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